As restrições à oferta causadas pelas chuvas no Sudeste Asiático continuam sendo o principal fator impulsionador dos preços. Não só a evacuação da produção continuou limitada, como também novas previsões meteorológicas indicam chuvas abundantes nas principais regiões produtoras ao longo de setembro, tornando o panorama ainda desafiador.
Como resultado, os preços da borracha natural e do látex estenderam sua tendência positiva nesta semana, alcançando níveis não vistos desde o final da baixa temporada de produção.
Prevê-se que a produção na Ásia enfrentará desafios durante todo o mês de setembro.
É esperado que as regiões produtoras de borracha na Tailândia, Vietnã e Camboja recebam fortes chuvas, interrompendo a extração no próximo mês.
Além disso, espera-se que a Indonésia receba chuvas normais ou ligeiramente acima da média até 27 de setembro.
Os três primeiros países sofrerão impactos significativos na produção de borracha, enquanto o último terá um efeito menor.
Com essa nova previsão estendida, é possível que o ciclo de preços elevados de borracha natural e látex iniciado recentemente se prolongue mais do que o previsto.
A Associação dos Países Produtores de Borracha Natural revisou para baixo sua projeção de produção para 2024. Embora ainda se mantenha relativamente otimista em relação a outras fontes, prevê uma demanda crescendo a um ritmo muito maior que a oferta neste ano (2,1% vs. 0,4%).
O Federal Reserve anuncia corte de taxas, gerando otimismo entre investidores locais.
Embora a decisão final seja confirmada em 17/18 de setembro, Powell, presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, dissipou as dúvidas e declarou que “chegou a hora de reduzir as taxas de juros.”
Isso desencadeou aumentos de preços na maioria dos ativos financeiros e em alguns commodities, incluindo a borracha natural, já que taxas de juros mais baixas estão associadas a uma maior demanda (devido ao crescimento econômico) e a um dólar ligeiramente mais fraco. Resta saber se o corte será de 0,25 pp ou 0,5 pp (pontos percentuais).
Em julho, o índice da Sea Intelligence, que mede a confiabilidade dos embarques, caiu pelo segundo mês consecutivo, situando-se em 52,1% (ou seja, 52% dos embarques chegam no prazo). O baixo nível do indicador reflete as dificuldades enfrentadas pelos transportadores em cumprir seus cronogramas devido aos atrasos nos portos e à necessidade de desviar rotas pelo Mar Vermelho. Por outro lado, as tarifas de frete marítimo continuam a cair lentamente. O índice da rota da América do Sul acumula seis semanas consecutivas de queda, e o Índice Global, três semanas. Ainda assim, as tarifas permanecem elevadas.
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