(Video) Novas tarifas globais: implicações para a borracha natural
No último sábado, os EUA ativaram um novo pacote tarifário que atinge quase todos os países, com aumentos entre 10% e 50%, calculados com base no déficit comercial bilateral.
Apenas alguns setores estratégicos — como energia e medicamentos — ficaram isentos. Os países do sudeste asiático, fundamentais na produção de borracha, foram os mais afetados. A China, maior compradora global, ficou com uma tarifa total de 54%.
A União Europeia recebeu um aumento de 20%, enquanto a maioria dos países da América Latina ficou com a alíquota mínima de 10%. A reação inicial foi uma forte queda nos ativos financeiros e nas commodities. Espera-se uma contração no comércio global, devido ao aumento de custos, distorções nos preços relativos e realocação forçada de fornecedores.
O efeito é imediato: os principais exportadores enfrentam novas barreiras e os consumidores reduzem sua demanda. Além disso, a borracha natural perde competitividade frente ao sintético.
A desaceleração econômica global e a queda do petróleo pressionam para baixo as tarifas de frete. Embora o ajuste seja gradual, espera-se uma redução contínua nos custos logísticos, especialmente nas rotas transpacíficas.
A diferença tarifária entre a Ásia e a América Latina pode abrir oportunidades comerciais de curto prazo com os EUA. No entanto, globalmente, espera-se mais concorrência em outros mercados, pressão sobre margens e movimentos defensivos de câmbio.
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