CONFLITO NO MAR VERMELHO E RESTRIÇÕES DE PRODUÇÃO

Por Que os Preços do Látex Estão Subindo? Conflito no Mar Vermelho e Restrições de Produção

Atualmente, estamos vendo um aumento nos preços do látex. Essa tendência deve-se a problemas na produção nos principais países produtores e às restrições de exportação impostas pela Costa do Marfim. Esses desafios na oferta superam os efeitos de uma demanda levemente mais fraca, mantendo assim os preços em alta. Além disso, o conflito no Mar Vermelho está escalando, com enfrentamentos entre os Estados Unidos e os rebeldes houthis. A falta de uma solução a curto prazo para este conflito está gerando um aumento nos custos de envio de mercadorias.

Costa do Marfim Limita Exportações de Borracha

No início deste mês, a Costa do Marfim implementou uma proibição parcial de exportar formas primárias de borracha natural, como “cup lump”. Embora esta medida busque impulsionar o processamento interno, poderia levar a um aumento de preços ao forçar os compradores a buscar alternativas de abastecimento.

Tensões de Oferta: Chuvas, Produção Reduzida e Doenças Afetam a Borracha

Várias dificuldades na oferta estão aumentando a preocupação por uma possível escassez de borracha: chuvas na Tailândia que paralisam a produção, uma produção menor do que esperado na Índia, e o impacto da doença “leaf disease” no Sri Lanka.

Demanda da China e Crescimento do PIB

Apesar das pressões altistas na oferta, a demanda da China não mostra uma recuperação firme. O país fechou 2023 com um crescimento do PIB de 5,2%, apenas alcançando sua meta, mas com uma desaceleração no último trimestre e um mercado imobiliário em declínio, marcado por uma queda de 23% nas vendas de dezembro.

Crise no Mar Vermelho: Mudanças nas Projeções do Mercado para 2024

A situação no Mar Vermelho continua tensa com os contínuos ataques houthis a navios mercantes, apesar da intervenção dos Estados Unidos. Este conflito está alterando as expectativas do mercado para 2024, passando de um cenário de excesso de capacidade para um muito mais apertado. Além disso, espera-se que a reposição de contêineres vazios seja mais lenta, semelhante ao ocorrido durante a pandemia, resultando em cerca de 780.000 TEU a menos de contêineres vazios disponíveis na Ásia para o Ano Novo Chinês.